O que sobrou do céu?
Chegam três ou quatro acordes (um pouco como a moral provisória de Descartes) para fazer uma boa música pop. Adiciona-se o bom gosto, o talento, a irreverência e uma letra que estremeça as nossas rotinas. E sai qualquer coisa assim, com o volume no máximo:
O, la lá, o la lá, ê ah
O, la lá, o la lá, ê ê
O, la lá, o la lá, ê ê ah
O, la lá, o la lá, ê ê
Faltou luz mas era dia, o sol invadiu a sala
Fez da TV um espelho reflectindo o que a gente esquecia
Faltou luz mas era dia... di-ia
Faltou luz mas era dia, dia, dia
O som das crianças brincando nas ruas
Como se fosse um quintal
A cerveja gelada na esquina
Como se espantasse o mal
O chá pra curar esta azia
Um bom chá pra curar esta azia
Todas as ciências de baixa tecnologia
Todas as cores escondidas nas nuvens da rotina
Pra gente ver... por entre prédios e nós...
Pra gente ver... o que sobrou do céu... o la lá
de O Rappa, O que sobrou do céu
adenda: pensava falar do último álbum da carioca Joyce, em parceria com o baiano Dori Caymmi, e de Complete In a Silent Way Sessions de Miles Davis…mas : Oh, la la! Que música!
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